Todos os anos, em 12 de outubro há muitas comemorações
e homenagens à Padroeira do Brasil - Nossa Senhora Aparecida; também é dia de
festas para os Umbandistas, que homenageiam Mamãe Oxum. Ela simboliza o amor, a
união e o casamento. Seu elemento é a água doce, símbolo universal da riqueza e
prosperidade, e está presente nos rios, lagos, fontes, cachoeiras e regatos.
Ialodê – dama ou lady,
pelas etnias Iorubás. Oxum é, por excelência, a representação do ideal
feminino. Inclusive a menstruação e a maternidade são aspectos fundamentais de
seu arquétipo.
Se
existe um Orixá representante da feminilidade, certamente é Oxum. Chamada
também de
Ligada
ao Rio Oxogbó, na região de Ijexá (Nigéria), é a Senhora das águas doces e cristalinas,
podendo, em algumas situações muito especiais, ter sua vibração em pontos da
Natureza à beira mar. Sendo a Senhora da Fertilidade é muito solicitada também
pelos agricultores a fim de favorecer uma boa colheita. Seu Axé é fixado na
terra depois das cheias dos rios e lagos, permitindo assim, a germinação das
sementes das futuras plantas que garantirão a sobrevivência da espécie humana.
Talvez seja este o motivo pelo qual Oxum é, há séculos, um dos Orixás mais
venerados no panteão dos santos africanos. E claro, sincretizada com Nossa
Senhora Aparecida não só por esta santa católica ser uma Virgem Negra, mas,
principalmente, por ter sido encontrada nas águas doces do Rio Paraíba em 1717.
Pedidos
de oração para fartura e prosperidade são em geral feitos para Oxum. Ela
protege as mães e as crianças, inclusive uma de suas qualidades conhecida como
Oxum Abalô é sincretizada com Nossa Senhora do Bom Parto, uma vez que é ligada
aos Ibejis – santos gêmeos; gosta de crianças, propicia filhos, ajuda casais com
dificuldades para engravidar, protege as gestantes e favorece um bom parto; cuidando
de nutrir, zelar e proteger todos que necessitam dela.
Está
sempre preocupada com o conforto das pessoas que as cercam, querendo
atender suas necessidades. As boas maneiras, a sensibilidade e a compaixão são
seus atributos, já que é muito dedicada ao próximo. Ela estimula a união
matrimonial; favorece a conquista da riqueza espiritual e a abundância
material. Atua na vida dos seres estimulando em cada um os sentimentos de amor,
fraternidade e união.
Outro
atributo Seu é o domínio das artes, música e dança, por isto a Curimba –
orquestra de atabaques e percussão dos terreiros – é sempre protegida por este
Orixá. Conta a lenda que Oxum usou de seus encantos para ludibriar Exu e assim
aprender os segredos dos búzios, de forma que quando alguém consultar este
oráculo africano, estará sob a influência de Mamãe Oxum.
São
muitos os filhos e filhas de Oxum espalhados no Brasil, eventualmente são a
maioria nos terreiros de Umbanda. Suas principais características são: pessoas
elegantes e charmosas; bastante vaidosas; atenciosas e trabalhadoras; são
espertas e possuem um “quê doce” no olhar; são afetivas e carismáticas;
profissionalmente são dedicadas e sensatas; amam com sinceridade e possuem uma
persistência incrível. Por outro lado, podem ser chantagistas, de choro fácil,
dramáticas e, vez ou outra, gostam de se fazer de vítimas para ter a piedade
alheia; quando implicam com alguém são matreiras e debochadas; são possessivas;
muito ciumentas; exigentes, chegam a ser autoritárias e adoram criticar. Fazem
questão de receber atenção, odeiam quando são ignoradas e gostam de estar
sempre em evidência.
Todas
as profissões ligadas a moda e artes em geral são protegidas de Oxum. Também as
atividades educacionais, principalmente as relacionadas ao ensino infantil.
Atua no campo das idéias (mental, intelectual) em todos os ramos em que é
necessária a “inspiração” para criar coisas novas ou encontrar soluções que
melhorem resultados empresariais ou comerciais. Seu dia da semana é o sábado, a
cor predominante é o dourado, seus principais instrumentos são os búzios, o
leque e o espelho. Suas ervas são o manjericão e a melissa. Devemos ofertar
velas e rosas amarelas para Oxum. E, para saudar e pedir a proteção da Rainha
das Águas Doces, dizemos: “Ora Iê Iê ô”.
Axé!
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