Apesar de vivermos a chamada Era da Informação, num mundo cada vez mais populoso e globalizado em que não existem mais fronteiras geográficas e as noticias são instantâneas, a vida do ser humano atualmente é marcada por um profundo individualismo; talvez este, seja o maior paradoxo do século XXI.


A
Umbanda é uma religião que acredita e prega a lei do Karma (palavra que
significa “ação” que veio da antiga língua sagrada da Índia, o sânscrito), onde
para toda ação existe uma reação. Tudo que o indivíduo fizer (ou deixar de
fazer) hoje terá uma consequência amanhã, para cada efeito existe uma causa
correspondente. Por isso é necessário que as pessoas despertem para a
responsabilidade de seus atos e não se julguem como meras vítimas do destino.
Por isso chamamos o Karma de justiça celestial, em que não há
espaço para os conceitos de “culpa” e “castigo”, cada pessoa receberá de volta
o resultado de suas ações, como um mecanismo essencial para revelar a
importância dos comportamentos individuais e coletivos.
Obviamente
que o avanço tecnológico é algo positivo e necessário. Não há como negar o
futuro, a cada dia nossas vidas serão invadidas por novos aparatos e
descobertas numa velocidade estonteante que nos atropela e não dá o tempo
necessário para adaptação. Porém cabe a cada um de nós saber utilizar seus
benefícios e não permitir que certas facilidades nos deixem preguiçosos e
superficiais. Isso ajuda ainda a manter uma vida saudável, cuidar do corpo
físico, sem os excessos ditados pela estética da aparência que sabemos ser
passageira, enquanto a alma é eterna. Buscar a Deus ou uma religião, seja qual
for, é fundamental para não perdermos o rumo neste oceano incerto do futuro que
se apresenta. Ocupar a mente com o
sagrado é preencher de luz o espírito. É não dar espaço para a futilidade e
viver com disciplina, ética e bom caráter. Estes são valores que a Umbanda tem
a preocupação de disseminar em sociedade. Buscar um sentido para a vida, saber
que desempenhamos papéis e temos responsabilidades, que nossos atos refletirão
no amanhã. Libertar do ciclo vicioso do autojulgamento e do julgamento alheio,
deixar de ser aquele que corresponde às expectativas do “outro” e da sociedade
para sermos nós mesmos, descobrir quem somos nós. Trocar o “ter” pelo “ser”,
abandonar a “aparência” e buscar a “essência”. Axé!
Gustavo
C M Souza, é bacharel em História pela USP e dirigente do Centro Espírita de
Umbanda Ogum Sete Espadas
Para
saber mais:
Livro:
O Axé, nunca se quebra,Irinéia M. Franco dos Santos, Ed. Edufal
Contato: www.facebook.com/jorge.guerreira
Texto publicado no jornal "O Guaíra" de 16/9/2015.
Para ler e refletir sempre!
ResponderExcluirAxé!
Muito bom o Testo, realmente nos faz refletir sobre a globalização e suas consequências que são de largo alcance, afetando praticamente todos os aspectos do mundo social. deixamos de manusear e tocar no papel, nossas crianças são mais ciberneticistas os namoros deixaram de ter o romantismo do encontrar basta clicar e dizer um bom dia.......
ResponderExcluirPerfeito. Este artigo vai ao encontro, inclusive, ao nós, educadores e formadores, enfrentamos em sala de aula, ante a indolência e o imediatismo. Parabéns pelas colocações. Adorê Pai Benedito!
ResponderExcluirPerfeito. Este artigo vai ao encontro, inclusive, ao nós, educadores e formadores, enfrentamos em sala de aula, ante a indolência e o imediatismo. Parabéns pelas colocações. Adorê Pai Benedito!
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