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quarta-feira, 21 de março de 2012

Umbanda vivida, Umbanda ensinada!


Umbanda não se aprende nos livros. Muito menos se matriculando em algum curso “científico” sobre o assunto. Umbanda se aprende na prática. Nos vários anos vividos dentro na Umbanda, notamos ser esta uma das grandes lacunas a ser preenchida tanto na literatura afim, quanto, principalmente, no conceito que as pessoas – adeptos ou não – tem sobre nossa religião, ou seja: a falsa noção de que para “conhecer” Umbanda, basta “estudar”.

Diferentemente de outras religiões mais conceituais ou teóricas, a Umbanda só é verdadeiramente aprendida na prática. Na vivência de sua doutrina e de seus ritos. Ler, estudar, questionar, discutir... Auxilia, mas... Não é o bastante. Se entregar a horas e horas, dias e dias, anos e anos de leitura jamais tornou alguém um conhecedor da Umbanda. É na tradição oral, onde os ensinamentos são passados. De pai para filho de santo, de filho para neto, de irmão para irmão, de guia (entidade) para médium, de guia para consulente, do espiritual para o material, do sacerdote mais experiente para o menos experiente, etc., é que se educa na Umbanda. É na freqüência assídua aos cultos, às liturgias, às festas, aos trabalhos em geral, enfim, é com a presença física no terreiro, que o aprendiz de umbanda realmente apreende seus segredos e ensinamentos.

Porém, há que se fazer uma ressalva. Como o título acima diz: Umbanda vivida, Umbanda ensinada, mas... Não aprendida! Ou seja, se o fato de vivenciar a religião garante o seu ensinamento, não garante seu aprendizado. Para ocorrer o aprendizado é preciso mais do apenas vivenciar, pois depende de cada um. É necessário que haja – além da presença física e assídua – o desprendimento e a disposição do aprendiz. Este deve, antes de tudo, estar aberto às novas informações e respeitar aquilo que lhe for dito. Uma vez que o aprendiz optou por seguir esta ou aquela “casa”, ele deve se adequar aos seus preceitos, à sua doutrina, a seus ritos, cerimoniais e suas formas de realizar a Umbanda. Somente assim, com essa fórmula (vivência + ensino + disposição e respeito = aprendizado) se alcança o conhecimento umbandista.

"Baiano que é Baiano, tempera no dendê! Eu tô aqui é pra falar... Se fosse pra ficar quieto eu nem vinha..." Zé do Côco